A proporção de votos por legenda para vereador caiu em 25 das 26
capitais brasileiras, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A
única capital em que o percentual se manteve entre as eleições municipais de
2012 e de 2016 foi Teresina (PI), onde 6,5% dos votos válidos para vereador
foram em legenda nos dois pleitos.
Neste ano, a nova legislação eleitoral prevê desempenho mínimo nas urnas para candidatos a vereador. Pela regra,
os candidatos precisam obter, individualmente, um total de votos de pelo menos
10% do quociente eleitoral, que é calculado dividindo-se o número de votos
válidos da eleição (sem brancos e nulos) pelo número de cadeiras disponíveis.
Com a mudança, partidos e candidatos fizeram campanha pedindo para que os
eleitores votassem nos candidatos a vereador, e não na legenda, por medo de não
alcançarem a "nota de corte". Isso porque o voto na legenda contribui
para o quociente partidário, mas não ajuda os candidatos, individualmente, a
alcançar os 10% do quociente eleitoral.
A capital que teve a maior diferença no percentual dos votos de legenda foi o
Rio de Janeiro. Em 2012, 12,7% dos votos foram de legenda; já em 2016, o
percentual caiu para 9%. A segunda maior queda foi em Belo Horizonte (MG), de
2,8 pontos percentuais. Os votos de legenda passaram de 10,8% para 8%.
São Paulo também apresentou uma queda expressiva, de 2,5 pontos percentuais,
mas segue como a capital com o maior percentual de votos de legenda. Em 2012,
dos quase 5,7 milhões de votos válidos, 4,6 milhões foram nominais e 1,1 milhão
foi de legenda, ou 19,4% do total. Quatro anos depois, esse percentual caiu
para 16,9%.
Apesar da queda, a nova legislação não influenciou a lista de eleitos para a Câmara Municipal de São Paulo.
Todos os partidos e coligações conseguiram preencher as vagas a que tinham
direito.
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